Por Mayra Triveloni e Dr. Bruno Baldi CRM 108.381
A evolução da ciência, especialmente na área da saúde, tem proporcionado maiores chances de longevidade ao ser humano. Os avanços tecnológicos permitem procedimentos mais sutis, com menor tempo de recuperação e resultado rápido. São tantas as novidades na medicina, que a opção pela cirurgia plástica tornou-se crescente entre homens e mulheres, mesmo os mais jovens. E, nessa edição, o médico cirurgião plástico Dr. Bruno Baldi fala sobre os avanços na área. “A cirurgia plástica, assim como a medicina em si, é muito dinâmica e com inovações e mudanças de conceitos diários, mas na maioria das vezes, no meu campo de atuação, essas mudanças são um complemento de técnicas anteriores”, avalia Dr. Bruno.
Ele explica que, assim como o tratamento das estruturas profundas revolucionou o facelifting, agora os enxertos de gordura para reposição volumétrica durante a cirurgia são rotineiros. “Aliado a isso temos também a Bichectomia, procedimento em voga hoje, onde realizamos a retirada, com parcimônia, da gordura das bochechas, através de uma pequena incisão dentro da boca. É simples, rápido e com anestesia local, não sendo necessária a retirada dos pontos”, revela.
ES: Quanto a um dos procedimentos mais realizados do Brasil, o implante de silicone, quais são os avanços e novidades?
Dr. Bruno Baldi: Um avanço inegável é em relação aos implantes mamários, ao contrário do que se pensa, a parte mais importante e que mais evoluiu foi o seu revestimento. Graças a ele temos as atuais taxas de contratura (rejeição) baixíssimas e com isso um número menor de reoperações e uma vida mais confortável para as mulheres. Ainda sobre implantes, a mudança de comportamento em relação à escolha de volumes foi substancial. Quando entrei na residência de Cirurgia Plástica há mais de uma década, os volumes mais utilizados eram em torno de 190-215 ml. Hoje raramente colocamos menos de 300 ml.
ES: Geralmente, qual a preocupação do paciente?
Dr. Bruno Baldi: Ainda hoje, a maior preocupação dos pacientes não é com a cirurgia e pós-operatório, mas sim com relação à anestesia. Isso se deve a ocorrências de décadas passadas, onde nossas mães e avós tinham grande desconforto após anestesias. Esse campo sim vem sofrendo revoluções diárias, com medicações mais seguras e eficientes, que, aliadas a uma boa equipe anestésica, deixam o procedimento sem traumas e de rápida recuperação.
ES: O que mudou no pós-operatório?
Dr. Bruno Baldi: O pós-operatório e suas orientações mudaram. As mulheres não saem mais com os braços literalmente amarrados após a cirurgia nas mamas, a academia e exercícios viraram rotina e devemos orientar o seu retorno gradual. A mulher se consolidou no mercado de trabalho e devemos pensar no seu retorno pós-procedimento. As drenagens linfáticas são indicadas mais precocemente; tudo isso visando uma recuperação mais confortável e prática.
“Dentre todas essas observações, a única que não mudou em décadas foi: Escolha um cirurgião plástico de sua confiança!”, finaliza Dr. Bruno Baldi.