Por Beatriz Fernanda Vales Franchito Baldi CRM-SP 121.398 / RQE 33837
Nas últimas semanas, presenciamos um importante aumento no número de infectados pela COVID-19 e, nos consultórios dermatológicos, nos deparamos cada vez mais com manifestações cutâneas associadas à infecção. Estudos recentes relatam lesões de pele em até 20% dos casos.
“O tipo de erupção mais comum parece ser do tipo exantema, ou seja, pequenas manchas avermelhadas, agrupadas, principalmente no tórax, dorso, braços e pernas. Podem surgir também alterações em extremidades, caracterizadas por manchas arroxeadas, conhecidas como ‘pseudo-perniose’, e mesmo urticária”, explica a médica dermatologista.
“Como se trata de uma virose, é comum o surgimento de manifestações inespecíficas, por isso é importante ter atenção”, orienta Dra. Beatriz.
Fonte da pesquisa e imagens:
Cassification of the cutaneous manifestations of Covid-19: A rapid prospective nationwide consensus study in Spain with 375 cases.
https://www.medscape.com/viewarticle/930180?src=wnl_tp10n_200807_mscpedit&uac=208634MZ&impID=2494176&taf=1
Vacina x Preenchimento
Recentemente, também foi divulgada a ocorrência de reação do tipo edema (inchaço) em áreas de preenchimento facial com ácido hialurônico em pacientes que receberam a vacina nos EUA. Foram identificados 2 casos de edema em face em pacientes que haviam sido submetidos à preenchimento facial, em um grupo de 30.000 voluntários. “Esta reação é totalmente benigna e esperada, uma vez que o edema tardio em áreas com preenchimento é uma reação já conhecida há anos. Apesar de ser rara, pode ocorrer em pessoas predispostas frente à gatilhos como infecções e qualquer tipo de vacina”, esclarece a médica.
“Além de ser um processo benigno e que responde facilmente a medicamentos, o edema transitório em áreas de preenchimento dérmico é bastante raro, e de forma alguma deve evitar que as pessoas procurem se vacinar”, enfatiza a dermatologista.