Por ES e Mônica Andrade Demian CRM-SP 117218
Afinal de contas, o jejum intermitente é um modismo ou ele é estilo de vida? Esta e outras questões sobre o tema foram destacados pela Dra. Mônica Demian. Ela explicou sua visão pessoal sobre o tema ao tratar de mitos e outras coisas envolvendo o assunto. “Para mim é um estilo de vida, não tem nada de modismo. Porque vários estudos científicos comprovam as eficiências do jejum intermitente na qualidade da sua saúde”, esclarece.
Dica 1
Uma das dicas dadas pela Dra. Mônica Demian para quem quer começar a praticar o jejum intermitente é iniciar um intervalo de uma hora sem comer tanto antes de dormir quanto repetir este período sem ingerir alimentos logo depois de acordar. “Eu explico o seguinte: você dorme sete a oito horas por noite. Então, do horário que você dorme, vai uma hora antes ficar sem se alimentar e depois que você acordar, mais uma hora sem se alimentar. Com isso, se você dorme oito horas por noite, já vai fazer 10 horas de jejum intermitente”, ensina.
À medida que dias vão passando, aumenta-se o tempo com ausência de alimentação. “Com uma ou duas semanas, você sente que já está adaptado, começa a acrescentar uma hora de jejum antes desse horário de dormir. Assim, estará fazendo de 14 a 16 horas de jejum intermitente, sem qualquer sofrimento”, garante.
Proteínas no jantar
Um dos segredos para se realizar o jejum intermitente é que a alimentação do jantar que antecede o período sem alimentação é importante que se coma proteínas, seja proteína animal ou proteína vegetal. Mas porque proteína? “Ela vai te ajudar a te dar um tempo maior de saciedade. Por isso ajuda bastante”, responde.
Outro segredo é que aquela refeição que será o desjejum também tenha um valor proteico bom e que não sejam ingeridos alimentos que tenham um alto índice glicêmico. Porque a função do jejum intermitente é manter o corpo com uma baixa da insulina e, assim, usar os estoques de gordura.
Alimentos permitidos
A Dra. Mônica Demian sugere que durante o jejum intermitente a pessoa consuma apenas líquidos como água, chá e café.
Dica 2
Uma segunda dica sobre jejum intermitente foi baseada em uma dúvida comum que é levada ao Instituto Demian para a Dra. Mônica: pode ser feito jejum intermitente de 24 horas? A médica responde dizendo que, embora seja permitida, esta medida extrema não chega a ser necessária. “Você pode sim, se conseguir, parabéns! Mas posso tranquilizar que os estudos científicos mostram os benefícios do jejum intermitente a partir já das 14 horas de jejum. Portanto, se a pessoa tiver uma constância de fazer 14 ou 16 horas, não precisa ficar sofrendo ao tentar fazer o jejum de 24 horas”.
Quando os resultados aparecem
Segundo explica a Dra. Mônica Demian, os resultados começam a aparecer dentro de um período de aproximadamente três meses, desde que seguidas as dicas com frequência e disciplina. “Os estudos mostram que a partir de 12 semanas fazendo jejum intermitente de no mínimo 14 horas se pode colher vários benefícios tais como redução da circunferência abdominal, redução da pressão arterial, redução dos níveis de triglicérides, redução do peso corporal”.
Outro reflexo positivo é a melhora da qualidade do sono porque o jejum intermitente colabora para colocar em ordem o cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais responsável pelo controle dos níveis de estresse e que contribui com o sistema imunológico.