Além da Campanha de prevenção ao Câncer de Mama, o mês de Outubro também deve ser lembrado pelo Dia Mundial da Psoríase.
Por Dra. Lígia Maria Platzeck Estrella Alves CRM/SP 138.052
Foto destaque Sociedade Brasileira de Dermatologia
A falta de informação ainda faz com que a doença que atinge cerca de 3% da população mundial, seja confundida com outros tipos de doença de pele, do cabelo e das unhas, como alergias, caspas e micoses, o que só aumenta o preconceito.
Apesar das lesões aparentes na pele não serem contagiosas, os pacientes com essa doença sofrem muito socialmente. O impacto da doença não fica restrito apenas ao corpo, mas também pode causar depressão, ansiedade e ganho de peso, por isso um acompanhamento multidisciplinar é importante para a melhora da qualidade de vida do paciente.
No Brasil, a prevalência da doença é de 1,3%, acomete qualquer faixa etária, sem distinção quanto ao gênero. Os sintomas mais frequentes da psoríase são manchas vermelhas e descamativas, que persistem por semanas. As causas ainda são desconhecidas, mas sabe-se que envolvem questões autoimunes e genéticas.
Também já está confirmado que alguns fatores externos podem causar o surgimento ou a piora das lesões, como o tempo frio, as infecções e o estresse.
O hábito de coçar ou de mexer nas lesões e os banhos quentes e prolongados pioram o quadro, provocando, muitas vezes, até ressecamento e coceiras da pele.
A maior transformação que ocorreu para os pacientes com a doença são os medicamentos chamados de imunobiológicos, que revolucionaram o cuidado da psoríase. Funcionam bloqueando as vias inflamatórias responsáveis pelas lesões de maneira bastante específica e intensa. São injetáveis, de uso subcutâneo ou endovenoso. Causam pouco efeito colateral, melhorando a qualidade de vida dos portadores de psoríase.
Apesar de não ter cura, atualmente dispomos de medidas bastante eficazes para o controle dessa dermatose. Lembramos de que mesmo durante a pandemia da Covid-19, os tratamentos da psoríase não devem ser adiados ou interrompidos.