Juliana A. S. Mendes | Psicóloga | CRP 6-94227
Psicopedagoga do Colégio Mais e Diretora do Supera Ginástica para o Cérebro em Assis.
O ano nem bem começou e exigiu de cada um, uma grande mudança de vida. Assim, sem consentimento, em meio de sentimentos angustiantes, causando grande ansiedade, uma pandemia que pode ser vista como um ponto de inflexão: mudamos ou declinamos.
Logo, vem o questionamento: Quem trará novamente a tranquilidade em nossa vida e na nossa casa? Esta é uma questão que só você poderá responder, pois depende de sua ação.
A base da construção de uma casa é o alicerce, sendo que o de sua família, é você, pai e mãe. Então, ao pensar nos filhos, os pais precisam primeiro, pensar em si mesmos, pois são eles os grandes heróis capazes de transformar esta situação de pandemia em uma grande oportunidade de transformação familiar.
Com o convívio intensificado, as falhas ou erros são reforçados, porém proporcionará a possibilidade de transformação. Para isso, é importante perceber algumas situações e ter um cuidado consigo mesmo.
É essencial desenvolver uma “escuta do seu corpo”. Perceber quando “algo” (palavras, ações, afetos) não caiu bem naquele momento, causando um desconforto ou dores em seu corpo. As dores mais fáceis de identificar são: dor de cabeça, no peito e no estômago, dando a sensação que algo não foi digerido.
Depois da percepção é necessário o mais difícil: a ação. Tentar resolver verbalizando é um dos melhores caminhos, pois o outro não sabe como a vida lhe afeta, é preciso falar! Não é fácil, mas é possível. Temos que sair do papel passivo e nos tornarmos ativos em nossa vida.
Saiba também, o momento ideal de dizer “o não”. Somos demandados para situações que esvaziam a nossa energia interior de forma desnecessária. Saber falar não para aquilo que nos esgota é uma forma valiosa de cuidar de si mesmo, respeitando o seu limite e de se manter saudável emocionalmente, possibilitando uma melhor qualidade no convívio familiar.
Outro passo é ter uma palavra ou frase como um guia para a sua trajetória. É importante repetir mentalmente ou ler sempre que precisar acalmar os ânimos, em momento de grande ansiedade. O nosso cérebro controla tudo e esta ação de mentalizar, o ajuda a lidar com crenças limitantes e pensamentos negativos.
Para finalizar deixo a seguinte reflexão de Carl Jung “Onde seu medo estiver, aí está sua tarefa.”