Por Mayra Triveloni e Dr. Marcelo Rodrigues Floriano
O envelhecimento é acompanhado de alterações físicas, psicológicas e sociais que precisam de muita atenção e conhecimento prévio para evitar repercussões negativas no idoso e na família. “E num cenário de crescente número de portadores de doenças degenerativas, que tem aparecido em idade cada vez mais precoce, que temos a grande preocupação de abordar não somente o paciente, mas lidar de perto com os cuidadores”, destaca o Dr. Marcelo Rodrigues Floriano, em entrevista a Estilo Saúde. Ele explica que nem sempre os cuidadores sabem que estão diante de um portador de uma doença degenerativa propriamente dita, bem como a melhor forma de agir a fim de auxiliar a família e, claro, o paciente.
“Muitos cuidadores, da própria família ou mesmo profissionais, estão apavorados, cansados… E, diante dessa realidade em muitos casos, assustadora, o que fazer? Quem procurar para pedir auxílio? Qual profissional pode entender e orientar nessa situação? Como nos portar frente a essa dificuldade? E ainda, porque nos sentimos tão impotentes?”, pergunta o especialista.
Dessas dúvidas é que surgem os conflitos familiares, até mesmo entre profissionais que ajudam a família. “A verdade é que a própria família, sozinha, não consegue responder a essas questões; daí a necessidade de buscar informações corretas sobre como interagir com o doente, com a doença e sua rede de suporte”, reforça. Dr. Marcelo afirma que é muito comum as famílias procurarem ajuda médica já em pânico, muitas vezes desconhecendo que o ente querido precisa de um tratamento. “No consultório nosso trabalho é formatar até mesmo manuais de orientação aos cuidadores, familiares ou não, com dicas de cuidados com higiene, alimentação, mobilidade, dentre outras questões que suscitam dúvidas”, completa.